No trabalho com sexualidade feminina vivo escutando que, com o tempo, a relação marido-mulher vai virando uma "amizade". Para boa entendedora, ficar "amiga" do marido significa perder o tesão. Não quero e me recuso terminantemente a esta amizade. Tenho ótimas amigas que já me bastam. Do meu marido, quero ser mulher.
No entanto, sei que é um desafio manter este "fogo acesso" numa relação duradoura. O mistério vai acabando, o mau-humor do outro decepciona e o contato diário traz rotina (que não necessariamente é ruim...).
Além disto, é importante separarmos o joio do trigo: amor é uma coisa, sexo é outra. O amor faz florecer a ternura, sentimento lindo, mas sem carga nenhuma de "frisson". Mas calma, não estou dizendo que você não deve amar o seu marido, pode amar à vontade, ser companheira e tudo o que prometeu ao padre, mas cuidado pra não começar a confundi-lo com seu irmão ou filho (argh!).
É através do sexo, que a relação marido-mulher fica mil vezes mais interessante. E não é aquele sexo mecânico, para cumprir papel de esposa, hein? E como continuar vendo graça depois de algum tempo? Para isto é importante aguçar os sentidos: apreciar os dotes físicos, colocar uma música que tenha a ver com os dois, falar bobagens, fazer massagem, sair pra dançar, ir ao motel, comprar lingerie nova, variar posições, se reinventar...
Isto mesmo, você tem que se esforçar! E se ele não colabora, tem que conversar, fazer terapia de casal, sexual, ir na benzedeira, só não dá pra ir levando, empurrando com a barriga por anos. Não deixe seu casamento virar amizade, companheirismo e outras palavras meigas. Pode ter tudo isto, mas tem que ter desejo também. Eu não abro mão do "frisson" na minha vida, e você?
Se sua vida sexual está meio sem "pimenta", este livro faz levantar até defunto de caixão. Excelente!
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